Subitamente, um moço magricelo se levantou da poltrona e caminhou até os jovens anjos. Era nítido como ele não tinha nem um décimo da beleza deles. Quando começou a falar sobre a própria vida, notei que ele era muito pessimista, pois reclamava de tudo e contava um problema atrás do outro. Dessa forma, eu pensei: “Não é isso que os anjos querem ouvir. Acho que eles não vão gostar, pois não foi isso que pediram. Eu tenho um testemunho para contar. Então, depois que esse moço terminar de falar, eu vou contar o meu testemunho. Eu acho que os anjos vão gostar”.
Flávia Queiroz, O milagre no quarto sem janelas